SaaS Single Tenant: por que essa tecnologia garante mais segurança às empresas?

Quando você começa a conhecer os diferentes produtos cloud disponíveis para as organizações por meio do conceito de Software as a Service (SaaS), entende que existem dois padrões básicos de arquitetura: single-tenant e multi-tenant.

Com a explosão do modelo SaaS, soluções multi-tenant são de longe as opções mais comuns, quando comparadas às single-tenants. 

Mas há alguns benefícios distintos na single-tenant que podem torná-la a melhor opção para algumas organizações.

Quais benefícios são esses? E quando é interessante contar com eles, abrindo mão das vantagens da multi-tenant?

É o que veremos neste post. Você encontrará as características de cada modelo, as vantagens da single-tenant e quando optar por esse modelo de arquitetura.

As características do Single tenant e multi-tenant

Single-tenant SaaS é uma arquitetura de aplicação da qual só um cliente é inquilino. Logo, ele não divide nenhum espaço daquele ambiente com outros clientes, tendo servidores dedicados. Por analogia com o aluguel, seria como se ele alugasse a casa toda e, portanto, pudesse modificar aquele ambiente como quisesse, de acordo com suas necessidades.

Já o multi-tenant SaaS é uma arquitetura compartilhada com outros clientes, como uma república. Cada um tem o seu espaço privado, mas a casa é dividida. Consequentemente, você tem menos flexibilidade para fazer mudanças significativas.

Há ainda um modelo híbrido, em que multi-tenant e single-tenant convivem na mesma aplicação, comunicando-se um com o outro.

Todos os modelos têm algumas particularidades, que também determinam os prós e contras. Conheça algumas delas: 

Vantagens dos SaaS single-tenants

As duas arquiteturas têm vantagens, desde que aplicadas de maneira adequada caso a caso. 

Nas arquiteturas multi-tenant você vai encontrar custos melhores, um uso bem eficiente dos recursos, um setup rápido, além de terceirizar toda a manutenção e atualizações. Isso as tornam mais populares, mas não sem limitações.

Porém, quando comparada a uma arquitetura multi-tenant, a arquitetura single-tenant também tem algumas vantagens particulares:

• Segurança: como cada cliente tem um servidor dedicado, é consideravelmente mais difícil alguém de fora conseguir acessar dados, mesmo que acidentalmente, como pode acontecer em uma configuração multi-tenant. Estruturas multi-tenant, por não terem esse nível de isolamento, são consideradas mais vulneráveis.

• Resiliência: arquiteturas single-tenant são consideradas mais resilientes, já que a performance de uma instância não é afetada pela performance de outra. 

• Customização: cada cliente tem mais controle sobre funcionalidades de storage e de segurança, assim como upgrades. Já no universo multi-tenant há menos opções de customização, logo, menos controle sobre a qualidade desejada para o ambiente.

• Backup simples: com bases de dados isoladas, o backup também é isolado, o que torna mais simples o processo de restauração de dados em caso de perda.

• Facilidade de migração: exportar ou transferir dados para um novo ambiente é muito mais simples porque toda a informação está alocada no mesmo servidor.

Quando escolher uma arquitetura SaaS single-tenant

A escolha entre arquiteturas single-tenant ou multi-tenant tem a ver com vários fatores, entre objetivos tecnológicos e de negócio, casos de uso, desafios, oportunidades identificadas pela organização etc.

Mas há certos casos que conduzem naturalmente a organização para arquitetura single-tenant. É o caso de grandes empresas, que normalmente já mantêm em casa data centers e preferem isolar ao máximo o perímetro tecnológico. A single-tenant também é a melhor escolha quando a organização precisa manter total controle sobre a performance da aplicação.

Outras razões comuns que conduzem as organizações ao single-tenant SaaS são segurança, compliance e governança. Workloads de missão crítica ou que armazenam informações sensíveis, como os de uma aplicação de uma instituição financeira, precisam de ambientes altamente controlados, além de auditáveis. Esse é o caso de setores com regulações específicas, como o financeiro e a saúde.

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