Tecnologia na educação: benefícios, desafios e 5 tendências atuais!

A tecnologia está cada vez mais integrada ao processo educacional, tornando a aprendizagem mais dinâmica, acessível e envolvente. No entanto, quando analisamos o panorama global de educação, fica claro que as instituições de ensino estão em diferentes estágios dessa trajetória. 

Em países como o Brasil, onde há excelentes iniciativas, pesquisas e softwares educacionais, o acesso à tecnologia ainda não é uma realidade para todos. 

De acordo com um relatório recente da UNESCO (2023), aproximadamente 1,3 bilhões de estudantes no mundo ainda não têm acesso adequado a dispositivos digitais, o que agrava a exclusão educacional e restringe o impacto transformador da tecnologia.

Neste artigo, vamos te mostrar como a tecnologia está impactando a educação, quais os principais benefícios e quais os maiores desafios atualmente para as instituições brasileiras! Acompanhe:

Importância da tecnologia na educação

A tecnologia cria diversas possibilidades para o ambiente de ensino. Isso porque, o aprendizado deixa de ser limitado por barreiras físicas ou métodos tradicionais, os quais, na maioria das vezes, são inflexíveis.

Através de plataformas online, ferramentas de colaboração em tempo real e inteligência artificial, a educação se torna mais personalizada e adaptada às necessidades individuais de cada aluno.

Além disso, a tecnologia democratiza o acesso ao conhecimento, permitindo que estudantes de diferentes regiões e condições sociais tenham contato com conteúdo de qualidade, cursos renomados e especialistas de diversas áreas.

E isso é apenas o começo. Inserir a tecnologia da educação traz diversos outros benefícios! Veja mais no tópico a seguir:

Benefícios da integração tecnológica

Personalização do aprendizado, flexibilidade do ensino e maior inclusão e acessibilidade, são apenas alguns dos vários benefícios que as instituições e alunos ganham ao integrar a tecnologia no seu processo educacional.

Veja detalhadamente abaixo todas as vantagens:

Aprendizado mais personalizado 

Com o uso de inteligência artificial e plataformas adaptativas, os conteúdos e métodos de ensino podem ser ajustados de acordo com as necessidades individuais de cada aluno. 

Isso significa que estudantes que avançam mais rápido podem acessar desafios extras, enquanto aqueles que precisam de reforço recebem materiais complementares e suporte específico. 

Maior acessibilidade e inclusão

Como dito anteriormente, a tecnologia elimina barreiras geográficas e socioeconômicas, permitindo que estudantes de qualquer lugar tenham acesso a materiais de alta qualidade. 

Além disso, recursos como legendas automáticas, leitores de tela e inteligência artificial facilitam o aprendizado para alunos com deficiências visuais, auditivas ou outras necessidades especiais. 

Maior engajamento e interação 

O uso de recursos multimídia, como vídeos, simulações, realidade virtual e aumentada, torna o aprendizado muito mais imersivo. Além disso, a gamificação, que aplica elementos de jogos ao ensino, aumenta a motivação dos alunos, pois oferece recompensas, desafios e rankings. 

Ensino mais flexível 

Esse é um dos melhores benefícios para alunos que precisam conciliar os estudos com outras atividades, como trabalho, família ou desenvolvimento de projetos paralelos. 

Com plataformas online, ensino híbrido e conteúdos on-demand, os estudantes têm autonomia para aprender no seu próprio ritmo e adaptar os horários de aula conforme sua rotina

Para profissionais em busca de atualização, por exemplo, essa modalidade facilita a educação continuada sem comprometer a produtividade no trabalho.

Oportunidade para desenvolver habilidade digitais

Sabemos que no mundo de hoje, dominar competências digitais é extremamente importante para qualquer profissão. 

O uso da tecnologia no ensino prepara os alunos para o mercado de trabalho, desenvolvendo habilidades como: 

• Pensamento crítico;
• Resolução de problemas;
• E fluência digital.

Desafios na implementação 

Integrar a tecnologia na educação traz muitos benefícios, mas como nem tudo são flores, também há alguns desafios a superar. Isso é o que vamos ver detalhadamente abaixo:

Universalização do acesso à tecnologia

O primeiro passo para integrar a tecnologia à educação é garantir o acesso à internet e a dispositivos digitais para todos. No entanto, esse ainda é um grande desafio.

Segundo a pesquisa TIC Domicílios 2024, 29 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à internet. Além disso, entre os que se conectam regularmente, apenas 22% possuem “conectividade significativa” — ou seja, dispõem de dispositivos adequados, conexão rápida e conhecimento digital suficiente para utilizar a internet de forma plena no dia a dia.

Diante desse cenário, é fundamental que instituições públicas e privadas unam esforços para ampliar a infraestrutura digital e reduzir essa desigualdade. 

Além do acesso, é de extrema importância investir no letramento digital, garantindo que os alunos desenvolvam as habilidades necessárias para utilizar a tecnologia de forma produtiva em seus estudos e na vida social.

Formação de educadores

Em terceiro lugar, temos o acompanhamento e a orientação de professores capacitados. É preciso repensar a formação docente, incorporando habilidades e competências digitais e reduzindo a dependência de metodologias tradicionais.

Nesse novo cenário educacional, o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) identificou três competências digitais fundamentais para os professores. São elas:

• Análise de dados: interpretação e uso de informações para aprimorar o ensino.
• Mentalidade orientada a dados: tomada de decisões baseada em evidências.
• Pensamento computacional: abordagem lógica para resolução de problemas.

Com essas competências, os educadores estarão mais preparados para integrar a tecnologia ao ensino e promover uma aprendizagem mais qualificada. 

Massificação dos cursos

A massificação do ensino superior traz um outro grande problema: garantir que a formação seja de qualidade e não apenas uma entrega de diplomas. 

Muitas instituições não acompanham o aprendizado dos alunos, resultando em profissionais sem a preparação necessária para o mercado.

Estudantes com maior familiaridade digital buscam fontes extras, como artigos e vídeos, enquanto outros dependem apenas do material fornecido pela instituição. Ambos obtêm o mesmo diploma, mas com experiências de aprendizado muito diferentes.

“O uso bem-sucedido da tecnologia sempre vai acompanhado de reformas em outros aspectos – como currículo (escolar), avaliação e desenvolvimento profissional dos docentes”, diz Francesc Pedró.

Sendo assim, uma alternativa para esse cenário é o ensino híbrido, que une a flexibilidade dos cursos online ao suporte mais próximo das aulas presenciais. Para isso, as universidades devem:

• Oferecer plataformas digitais acessíveis e adaptativas
• Capacitar professores para orientar alunos no uso de tecnologias.
• Criar programas de mentoria entre alunos com diferentes níveis de habilidade digital. 
• Implementar suporte técnico contínuo para docentes e estudantes.
• Incluir letramento digital nos currículos acadêmicos.

5 tendências da tecnologia na educação 

Com base no debate e na opinião de especialistas, o time do Ábaris separou cinco tendências sobre o uso da tecnologia na educação. Lembrando que nossa análise foi inspirada, em parte, por um artigo produzido pela BBC Brasil, trazendo uma perspectiva ampliada sobre o tema.

Tecnologia como aliada do professor, não substituta 

Em vez de desenvolver recursos que tentam substituir o professor ou apenas digitalizam tarefas mecânicas, é mais produtivo utilizar a tecnologia para potencializar o trabalho docente.

Segundo Francesc Pedró, representante da Unesco para educação, o ideal não é partir da tecnologia disponível e tentar aplicá-la à educação, mas sim começar pelos desafios enfrentados pelos professores e buscar soluções tecnológicas que os ajudem a superá-los. 

Além disso, estudos mostram que o uso indiscriminado da tecnologia não é uma boa saída. Isso porque, projetos sem objetivos claros e sem integração com o currículo escolar têm pouco impacto no aprendizado.

Tablets substituindo laptops e desktops

Mais acessíveis e portáteis, os tablets estão ganhando espaço em relação aos laptops e desktops.

O Colégio Bandeirantes, em São Paulo, implementou um projeto-piloto com tablets equipados com AppleTV a partir do 6º ano, substituindo as tradicionais salas de informática, que demandavam altos custos com manutenção e atualização de equipamentos.

Gamificação 

A gamificação tem se mostrado uma boa estratégia para integrar o aprendizado nas escolas, especialmente quando combinada com tecnologias como tablets, smartphones e computadores.

Incorporar jogos educativos com desafios, missões e recompensas é uma maneira envolvente de integrar o digital à sala de aula.

Um exemplo disso é o Minecraft Education Edition (MEE), uma versão adaptada do famoso jogo Minecraft, desenvolvida para ser utilizada em ambientes educacionais. Ela usa a mecânica de construção e exploração do jogo para ensinar diversas disciplinas de forma interativa e divertida.

Customização e personalização do ensino 

Plataformas educacionais inovadoras permitem que o conteúdo seja personalizado conforme a região, incluindo atividades relacionadas à história e cultura local, e até adaptado individualmente para cada aluno, levando em conta seus pontos fortes e desafios.

Esse é o conceito de ensino adaptativo, que cria um perfil do estudante e ajusta a metodologia para potencializar seu aprendizado. 

Um exemplo dessa tecnologia é o Geekie, um software brasileiro que interage com o aluno, detecta suas aptidões e dificuldades e, com base nisso, elabora um plano de estudos personalizado. 

Outras plataformas que seguem esse modelo incluem:

• Khan Academy: oferece exercícios interativos e recomenda conteúdos com base no desempenho do aluno.
• DreamBox: plataforma de matemática que ajusta os desafios conforme a evolução do estudante.
• Smartick: usa inteligência artificial para personalizar o ensino de matemática para crianças.

Plataformas educacionais

As plataformas educacionais são essenciais para aprimorar o desempenho dos alunos e otimizar as operações diárias das instituições de ensino. Elas simplificam processos acadêmicos como:

• Gestão de documentos
• Organização inteligente de conteúdo
• Controle de fluxos de trabalho
• Integração com outros sistemas da instituição
• Gestão financeira
• Armazenamento e gerenciamento de materiais pedagógicos
• Ferramentas de feedback e análise de desempenho

E muito mais! 

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